Do teu rosto eu ainda me lembro, e só do seu silêncio eu quero esquecer, eu não tenho nenhuma resposta pra dar, e do corpo as pernas sempre cruzadas pra vida, e nada a declarar.
Você está tão longe de mim, a milhas de distância, numa ilha ao longe, eu nunca mais te vi, e nenhum lugar mais me interessa. Eu sou agora uma pessoa comum, que sofro por coisas banais, que ainda sonha que pode ser feliz, mas pensava cegamente que essa felicidade estava em você, e talvez esse tenha sido meu ledo engano.
Eu acho que mereço paz, nesta guerra de nervos que você me traz, no meu coração apertado peço paz, pra seguir em frente, pra te deixar para trás, eu só quero a minha paz.
Na verdade, esse amor por você é cruel, me deixa ferido, amargurado, triste, e não quero mais saber disso, dessa ilusão que sempre tive com você, desses altos e baixos. Amor não deve ser assim, acho que na verdade isso não é amor, e sim uma doença, um parasita que fica transitando na minha cabeça, que me faz só pensar em você.
Todo esse tempo de dor, que eu passei andando por aí, todo esse tempo eu tentei gritar a palavra amor bem alto, pra me convencer que essas quatro letras faziam algum significado.
É duro reconhecer que todo esse sofrimento foi em vão, porque não existe vida quando a gente está triste e só, e ninguém quer saber de quem está por baixo, não vale a pena sofrer, meu amor, de tudo o que eu passei essa foi a única lição.
Um dia quando você menos esperar eu vou voltar cantando como se nada tivesse acontecido.
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