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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Carta que Você Nunca Vai Ler


Olá, tudo bem? 

Eu queria dizer que está tudo bem comigo, mas espero de coração que esteja tudo bem com você. Eu estou aqui sozinho na minha casa, que parece maior do que realmente é, deve ser por conta da solidão que se abate em mim e pela escuridão que a casa se encontra, ou por causa da solidão que se abate sobre mim, vai saber né? 


Estou aqui ouvindo o Cazuza cantar Codinome Beija-flor, sabe que amo Cazuza, e como amo os versos dele, neste momento ele está cantando aquela parte “ Pra que mentir, fingir que perdoou”, talvez essa seja uma das minhas músicas preferidas dele, ou talvez ela expresse o que sinto no momento, pois vejo que essa música reflete bem o que é ou o que foi nossa relação, mas devo estar em devaneio. 

Nessa solidão da casa e do meu peito, eu já posso ter bebido demais e estar falando coisas que não se encaixam, mas o fato é que quero dizer umas verdades para você. A verdade é que eu sempre te amei, e infelizmente acho que sempre vou te amar, e por mais que eu quero te odiar, te esquecer, parece impossível, muitas pessoas falam que o tempo cura tudo, eu discordo veemente delas, pois já faz tanto tempo que nos separamos e mesmo assim a ferida em meu peito só aumenta, como se eu tivesse caindo num posso sem fim. 

Sabe quando a Alice cai na toca do coelho? 

Só que eu não vou para o país das maravilhas, eu não vejo as belezas que a vida pode oferecer, e nem sinto o desejo de redenção, eu simplesmente continuo a cair, no vazio profundo, escuro e sem fim. 

Sei que estou depressivo, na verdade eu acho que sempre fui assim, só não demonstrava com tanta frequência, mesmo assim você sempre soube e fez questão de me dizer isso várias vezes, com desdém, como se fizesse isso calculadamente para me ferir, e talvez essa seja sua verdadeira forma, e eu só não acreditava ou me fingia de cego para não ver. 

Eu sei que você nunca vai ler isso, é um fato, eu já não provoco o menor interesse na sua vida, mesmo se eu te marcasse no facebook, ou twitter ou qualquer rede social que o valha, você ignoraria, como sempre fez. 

E eu me pergunto afinal o que fui para você? 

Só um passatempo? 

O Cazuza agora está cantando “Baby Lonest”... justamente naquele verso “A vida é entre alôs e beijos”... 

E vou me despedindo novamente de você, na verdade estou tentando me despedir de você um pouco a cada dia....

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